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Aneurismas Cerebrais – Importância do Tratamento

 Os aneurismas cerebrais são dilatações anormais em vasos sanguíneos do cérebro que podem romper-se e causar hemorragia cerebral gravíssima.

Fatores de risco para desenvolver aneurismas cerebrais são tabagismo, pressão alta não controlada e/ou histórico familiar.

Aneurismas Cerebrais Não Rotos

A maioria dos aneurismas cerebrais não rotos são assintomáticos e são descobertos de forma incidental durante exames de imagem, como angioressonância magnética arterial, tomografia arterial do crânio ou angiografia cerebral, solicitados por outros motivos.

Na grande maioria dos casos, os aneurismas pequenos não provocam sintomas. No entanto, aneurismas maiores podem comprimir estruturas cerebrais.

Mesmo sem sintomas, um aneurisma cerebral não roto pode representar um risco significativo caso venha a se romper. Por isso, a identificação precoce e a avaliação neurocirúrgica são essenciais para definir a melhor conduta.

Aneurismas Cerebrais Rotos

A ruptura de um aneurisma cerebral é uma emergência neurocirúrgica devido a hemorragia subaracnóidea, um tipo de AVC hemorrágico. Os sintomas são abruptos e podem incluir:

Dor de cabeça intensa e repentina, descrita como a “pior dor da vida”.

Rigidez na nuca e dificuldade para movimentar o pescoço.

Náuseas e vômitos.

Confusão mental ou alteração do estado de consciência.

Perda de força em um lado do corpo.

Alteracão na fala ou na visão.

Coma e, em casos mais graves, óbito.

A taxa de mortalidade após a ruptura de um aneurisma cerebral é alta, chegando a aproximadamente 40% a 50% dos casos. Entre os sobreviventes, muitos podem apresentar sequelas neurológicas graves, incluindo dificuldades motoras, comprometimento da fala e problemas cognitivos. Essas taxas de mortalidade e de sequelas ocorrem mesmo que o paciente receba todo tratamento adequado, incluindo fechamento do aneurisma e suporte em unidade de terapia intensiva (UTI).

Importância da Avaliação Neurocirúrgica

Diante do diagnóstico de um aneurisma cerebral não roto, é fundamental passar por uma avaliação neurocirúrgica detalhada. O objetivo dessa consulta é determinar como o aneurisma deve ser tratado. Os principais fatores levados em consideração incluem tamanho do aneurisma, localização e padrão de artérias em volta dele, idade e condição clínica do paciente.

Opções de Tratamento para Aneurismas Cerebrais

Caso seja indicado o tratamento do aneurisma cerebral não roto, duas principais técnicas podem ser utilizadas:

  1. Cirurgia de Clipagem

A clipagem microcirúrgica consiste em um procedimento no qual o neurocirurgião realiza uma craniotomia (abertura do crânio) para acessar o aneurisma e colocar um ou mais clipes de titânio na base da dilatação, impedindo o fluxo sanguíneo para essa região e eliminando o risco de ruptura.

  1. Tratamento Endovascular

O tratamento endovascular é uma abordagem na qual um cateter é inserido pela artéria femoral e guiado até o aneurisma no cérebro. O aneurisma pode ser tratado com molas (coils) que induzem a formação de um coágulo dentro da dilatação, ou com o uso de stents e flow diverters, dispositivos que redirecionam o fluxo sanguíneo para impedir o crescimento e ruptura do aneurisma.

Ambas as técnicas são seguras e eficazes, e a escolha entre elas depende das características do aneurisma e das condições do paciente.

Embora a maioria dos aneurismas cerebrais não rotos sejam assintomáticos e de evolução benigna, o risco de ruptura é uma preocupação séria. Como a ruptura de um aneurisma pode ter consequências graves, incluindo alto índice de mortalidade e sequelas neurológicas, a avaliação médica especializada é essencial para determinar a melhor conduta.

Cada caso deve ser analisado individualmente, considerando os riscos e benefícios do tratamento. Em meu consultório, realizamos uma avaliação minuciosa para definir a abordagem mais adequada para cada paciente. Se você recebeu o diagnóstico de um aneurisma cerebral, não deixe de buscar orientação especializada para tomar a melhor decisão sobre seu tratamento.

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